Histórias
O inventor do aerógrafo moderno foi o americano Abner Peeler, que em maio de 1878 imaginou ser possível pintar usando um jato de ar passando por um aparelho que aumenta ou diminui o fluxo de tinta lançado sobre a superfície a ser pintada.
Tres anos depois, em 1881, o Sr. Peeler vendeu sua invenção para o Sr. Liberty Walkup.
No ano de 1883 Francis Edgar Stanley registrou a primeira patente para um dispositivo similar ao aerógrafo.
- Propaganda Aerógrafo Walkup de 1884 -
No final do século XIX o aquarelista Charles L. Burdick criou um utensílio para aplicar várias camadas de pintura sem apagar a cor de baixo. Nasceu aó o primeiro aerógrafo de mistura interna! O aerógrafo foi conseguindo cada vez mais conferir sentimento à impressão, devido à sua habilidade de pulverizar pontos muito finos e de desenvolver uma imagem sem que as "pinceladas" ficassem marcadas.
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Desde o século XIX os fotógrafos retocavam seus trabalhos utilizando o aerógrafo, em virtude da baixa qualidade de imagem que conseguiam à época. Neste tipo de trabalho, o que mais interessava era que os retoques "fossem invisíveis". Fotos em tons sépia eram muito apreciadas e demandavam do aerógrafo.
Curiosidades
Há muitos milhares de anos os homens pré-históricos assopravam pigmentos corantes através de tubos para decorar as paredes de suas cavernas. Existem vários registros de pinturas rupestres feitas por pulverização de pigmentos.
No japão e em outras culturas orientais, diferentes maneiras de pintura por pulverização já eram praticadas no século XVII, mas o ocidente teve que esperar até o século XIX para se utilizar da técnica.
O princípio básico do aerógrafo é semelhante à idéia deste pulverizador de boca:
Neste caso, ao assoprar, produz-se um jato de alta pressão que faz descer a pressão do ar pelo tubo de tinta. A tinta, que se mantém na pressão atmosférica, é absorvida pelo tubo (onde a pressão do ar é mais baixa), e é empurrada para cima, até juntar-se ao jato de ar. O resultado é um jato de tinta amplo e uniforme.
A aceitação da aerografia em certos círculos das artes clássicas foi muito lenta, pois era considerada uma arte mecânica. As objeções não se referiam tanto à qualidade alcançada em seus trabalhos, mas a razões mais teóricas. O artista não estabelece contato direto com a superfície de trabalho no ato da pintura... O ar é quem leva a tinta à tela... Suas origens na arte comercial não se perdoariam facilmente, mas hoje, definitivamente este é um tempo já passado! Trabalhos que se utilizam do aerógrafo figuram em galeria e museus importantes do mundo inteiro.
Depois da revolução da informática, com seus programas de tratamento de imagem e outras informações, já não é mais necessário o aerógrafo para o retoque de imagem, e neste momento a técnica se liberta, ganhando novos fins e criando efeitos incríveis em uma infinidade de superfícies! Hoje, o aerógrafo é sem dúvida nenhuma o mais sofisticado e versátil de todos os equipamentos de pintura. Sua utilização permite qualquer tipo de aplicação. Empregando o método adequado, é possível trabalhar desde miniaturas em diferentes superfícies, até peças de grandes dimensões como paredes, murais ou carros.